terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Há os que não sobrevivem à transformação, eu posso? O tempo dirá qual o lugar que devo estar para aceitar a vida que se dá... Nada, tudo, nada, metade, nada, tudo, tudo nada inteiro........
permito vida as ervas daninhas, para que elas morram e que possam, então, cultivar meus jardins interiores...
e segui, e deixar ir, e,e,e.......................................................

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Se pensarmos bem, vivemos na orfandade.Desamparados da memória, buscamos reminiscência ... à busca, da vida que temos que nos alimentar... para estar, para ser!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Bom dia silêncio!
Agora posso acordar contigo.
Ao meu lado, chego ao meu princípio,
Dê-me seu ombro,sua mão,
espelho,
silêncio.
Ao tardar do dia,....silêncio,
logo saberei quem sou.*


*Jorge Luiz Borges

terça-feira, 15 de novembro de 2011

ando à procura de estímulos:
preciso ouvir Lenini,
conversar com Pessoa e os seus,
pensar com Barros, LLansol, Drummond,
sorrir com Carpinejar,
viajar com Auster e Cornell,
aprender palavras com Rosa,
silenciar com Blanchot,
semear com seu Silva,
sonhar com Fernandes,
brindar com Vasconcelos,
afagar Santos.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

(...) tantas coisas,
Agora posso esquecê-las.
Chego ao meu centro,
À minha Álgebra, meu código,
Ao meu espelho.
Logo saberei quem sou.

Jorge Luis Borges

sábado, 15 de outubro de 2011

Cada palavra cala.
de lugares, de coisas, de objetos, de palavras...



(Lugar: San Isidro- Argentina. Local: Praça da Matriz. Objeto: Banco. Palavra: Amo. Estação: Outono.Ano:2011)


(Lugar: Rio de Janeiro- RJ Local: Parque Laje. Objeto: Banco. Palavra:(em branco ). Estação: Outono.Ano:2011)



(Lugar: Rio de Janeiro-RJ. Local: Jardim Botânico. Objeto: Banco. Palavra: (em branco). Estação: Outono.Ano:2011)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Nós não podemos amar, filho. O amor é a mais carnal das ilusões. Amar é possuir, escuta. E o que possui quem ama? O corpo? Para o possuir seria preciso tornar a sua matéria, comê-lo, incluí-lo em nós... *


Na fração do tempo que me cabe, que se cabe, possuo-o em meu colo, em meio ao silêncio do vento que passa pela fresta da janela. Onde meu destino parece caber no seu todo. Nunca se sabe o que é o amor!
.............................

* Fernando Pessoa

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Minhas rosas vão ao vento
....as essências guardadas em portas sem jóias
resguardam a lembrança...

domingo, 18 de setembro de 2011

Ontem olhei para o céu,
tentei contar estrelas e me perdi.
Penso às vezes no belo que seria ter uma delas, em uma caixa
junto a mim, unificando meus sonhos, a iluminar-me uma vida
contínua, a levar-me os pensamentos desagradáveis, a eternizar-me dias inteiros de felicidade, neste falsear que é a vida... nada de mim seria real, apenas o desejo... e nada de mim seria eterno, apenas o momento........
ir vivendo, ir sofrendo, ir gozando, ir tentando organizar a (nossa) vida que para os outros é um mistério

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

a imaginação às vezes é mais cruel que a realidade...
um livro que não fiz,
hoje não vou deixá-la entrar, a porta está encerrada!
......preciso brisa para sentir em mim todas as suas letras...

domingo, 28 de agosto de 2011

Mas não é para ficar assim, disse ...... enquanto na caixa preta,
fotografias, ainda molhadas, à espera de cuidado...resiste a silhueta ainda não desfeita, a imagem procura seu verso, a palavra procura mensagem.........................mas não é para ficar assim,disse..... eu digo: os fantasmas, assustam, mas não matam.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Hoje quero ter todas as janelas descortinadas,
a transparência da vida notória
a palavra escrita sem artifícios
deparar-me com a voz continua dos anjos
abrir-me a outra realiadade!
e
colocar minha mãe no colo...reaver o colo amigo desta feita de momentos...
e
meu coração...................
o verdadeiro, continua velado.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

É hora de cessar a pausa...
sou mais tímida, mais reservada, mais obstinada
vou à procura da palavra
com sabor, que exale cheiro
palavra palavra
simples e correta
que nada prende, nada liga, a nada pertence.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Saída de emergência

Para não chorar...

1.ouça a voz do poeta amigo que sentiu sua ausência
2.sinta os olhos na caixa de biscoito que serviu para abrigar fotos durante uma vida
3.toque a manivela da caixa de música e respire as notas
4.lembre do dia da semana em que nasceu e brinde ao amanhecer e ao anoitecer
5.toque nos passos diários
6.reveja todas as coisas, as emoções e gestos
7.o que sobrou, se sobrou, já é muito

segunda-feira, 11 de julho de 2011

...meus pensamentos ainda estão em outra terra,
meus costumes não.
retomo sem pressa meu andar,
meu labor, meu amor...

sábado, 2 de julho de 2011

Durma
Pode dormir............entro no seu
sono.......................................
sonhe.

e ainda me ame.............................

“Eu "quero ver" mesmo quando você puder estar só, no seu silêncio, meio que no escuro ou penumbra e olhar para surpresa da luzes e cores...”

Estive junto à surpresa de luz e cores durante a outra noite, o arco-íris deu sabor aos meus sonhos povoando–o de sabores..........durma, ao acordar estarei por perto.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tem horas que tudo parece ruído de agulha no disco, impede desfrutar com perfeiçao uma obra, um sorriso, um abraço, um murmúrio, um grito, um respiro, um sussurro, uma erva daninha, uma trinca na parede ... é visto que, é tempo de continuar com outra coisa, mesmo que seja retomar aquele atlas de 1969 que tem na capa a imagem do homem na lua. O atlas que continua no fundo do guarda roupas de minha mãe, relíquia para ela? Não sei. Talvez seja sua hora romântica, ao viajar o olhar em tempos que os filhos ainda crianças passeavam os dedos pelos mapas, linhas que hoje são outras. Restam hoje miudezas sobre cômodas e criados mudos, e alguns pequenos tesouros em lugares recônditos de seus armários à espera de uma chegada................ a lua já desceu à terra mais vezes que o homem chegou até ela.

domingo, 5 de junho de 2011

Sobre a casa de meus pais, é bom saber que ainda está lá, no interior, meu caderno de anotações...meu respiratório de coisas que ainda sou................
Hoje, sinto o silêncio de suas paredes nas palavras que elas guardam, confidente inabalável de falas perdidas...
Retorno, no caminho,confirmo, sou só!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Amores, irritações, tristezas, cumplicidades, deveres,
A angústia irriquieta dos remorsos,
A fadiga da inutilidade de tudo,
A saciedade até das coisas imaginadas,
A náusea, as luzes,
As pálpebras pesadas sobre a minha vida perdida...*


Irei cuidar do jardim...............lugar protegido(todo mundo deveria ter um),
onde a hora não é marcada pelo relógio,
o ruído das coisas
é melodia
Real só o ar!


*Fernando Pessoa, Poesia Completa de Álvaro de Campos.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Consequências
é como se passassem através de nós e nos tornassem diferentes.
A vida nesse caso, não é somente testemunha das consequências de atos, mas também sua guardiã e com ela
os
segredos invisíveis.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

no espelho da água vi o reflexo
do corpo ilhado
ao redor povoado
cheguei sem pensar em ir
vi o som dos galhos aos passos
na trilhas que não abri
não sumi
me protegi...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Quando nos iremos, ah quando iremos de aqui?
Quando, do meio destes amigos que não conheço,
Do meio destas maneiras de compreender que não compreendo,
Do meio destas vontades involuntariamente
Tão contrárias à minha, tão contrárias a mim?!

Fernando Pessoa, Poesia completa de Álvaro de Campos

quinta-feira, 31 de março de 2011

Do caderno de anotações

de borboletas e caixas, querem nascer palavras........
 mas moro sozinha num quarto estrelado,uma casa de ventos, de lápis de cores,
 querem traçar caminhos.
Habitar a loucura, preexistir, entre o sonho e o que não é nomeado.
Nascer numa quinta feira, cinco minutos passados da Ave Maria.

terça-feira, 29 de março de 2011

Quero acretidar
que não só a escuridão das noites traga a contemplação do céu de volta... porque o que é sempre às vezes parece recôndito........................

domingo, 20 de março de 2011

Construindo um Jardim. Quem encontra quem? equação {de borboleta + ( porta-palavras + caixas-poemas)} = ∞ 2007/


 
 




Trabalho in progress 2007

segunda-feira, 14 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

queria compreender e não me restava mais que este desejo: compreender _  e esse desejo era o que ainda me mantinha humano e de pé *; tratamos silêncio, ficamos inertes, esperando a razão sobrepor o desejo. ...........Regamos as flores e colhemos o vermelho por onde a realidade nos salva de nós mesmos.

*Grégoire Boullier, O convidado surpresa.
Tratado de silêncio. dezembro 2010


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Todos os meus sorrisos são falsos...e se existe alguma coisa de verdade na minha vida, esta é uma delas. ha ha ha. Mas ninguém percebe porque o povo adora uma falsidade...a verdade ou a realidade se existem, quando existem podem ser muito duras para se aguentar. José Paulo Neves
                                                                                                               
                                        
PS.: Meu Caro Zepa, como queria neste exato momento, ter escrito isso que acabara de escrever.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

16:44'
hoje desejei não mais falar
não mais  escrever
não mais chorar
hoje desejei as flores, as pedras, os cacos de telha
a sombra da mangueira para construir o meu habitar,
lugar que nada é tudo, que nada é fim, que nada é sempre, que nada.....................................................................hei de temer
.......e cessam os  por quês sem respostas,
 nada hei de perder.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

é
realmente não sabemos a dose diária de frustração que podemos suportar
ao invés de calar, falo atormentadamente em meu interior
crio e recrio meus fantasmas, preciso meu silêncio

e o universo é absolutamente oco em torno de mim*
procuro sentido nas ilhas em que se tornam nossa vida e
encontro a inserção de palavras vazias, ditas sem sentido a qualquer
que queira ouvir

vazio é uma palavra
amor é uma palavra
nada é uma palavra
sempre é uma palavra

antes que a fúria fria se instale
saio de cena
não é necessário impor minha presença

o som do vento que é pouco nesta noite de verão
chega até eu, escuro ser...
                                    (tivesse eu uma passagem para a lua)

*Fernando Pessoa, Poesia Completa de Álvaro de Campos

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

sábado, 29 de janeiro de 2011

Visita dois. Na sala. As coisas e os dias. 31dez2010

Em grego antigo a borboleta é representada pela palavra psyché, que significa também alma e espírito.


Ela é o símbolo da alma imortal e representa autotransformação, renovação, liberdade, clareza mental e novas etapas.Para os japoneses, borboletas são sinônimos de felicidade .


 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

(dos rabiscos sem fim...)

XIX

Dê tudo que se quer...que a ti pertence.
A quem pertence?
o quê...
fazer
pára, e chora, e grita, e sussurra, e não escuta, e
vai, não pára
olhe sim para trás e
não pára
segure a sua mão, equilibre na sua sombra, únicas e fiéis companheiras diárias e

não pára
não é preciso,
outros não pararão e outros te esperarão

guarde, então, tão somente aquilo que quiseres na lembrança .............só abra a memória quando o esquecimento necessitar, e se não necessitar

não pára, lembro-me, tudo que é humano é perdoado
... até não saber amar e ser amado..........

em 25/04/2007
Para Carpinejar
amigo do silêncio
O L da
luva
abriga a mão feminina em mim.

em 27/04/2007

domingo, 23 de janeiro de 2011

ontem tive a prova viva que não sou a única
que me igualo a  linha do horizonte,
a memória que necessito é a árvore que me firma.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

"Mas não quero me meter com gente louca", Alice observou.
"Oh! É incrível", disse o gato; somos todos loucos aqui. Eu sou louco. Você é louca."
"Como sabe que sou louca?" perguntou Alice.
"Só pode ser", respondeu o Gato, " ou não teria vindo parar aqui."

Lewis Carrol. 'Porco e Pimenta.'  Aventuras de Alice no País das Maravilhas.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

                                                                   verão 2010

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011



Releio o descanso, demoradamente,  e tudo que tenho rabiscado. E acho que por vezes tudo que rabisco é nulo, por ser outra coisa maior....o que é sempre .....  E, creio, valeu a pena os rabiscos ,e mais, valeu que eu insuportavelmente não os tivesse feito. As coisas conseguidas , por pior que tenham  sido recebidas em real, é preciso saber que muitas delas são perecíveis, e o que fica é o sempre. E o tal descanso relido, vale para aquele amor certo...  que declaradamente  não é um amor qualquer!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

qualquer amor já é descanso.
                    Guimarães Rosa.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Do caderno de anotação



Não sei lidar com a frustação, não me ensinaram e se tentaram
desaprendi... a lembrança não ativa minha memória... confusão de ter corpo e alma,
Mas meu coração, como meu céu cabem todas as ânsias, estou a narrar-me talvez
sem sentido, na confusão das coisas, à procura de causas e efeitos, senão a poesia!
__Não fosse o medo, frio destino:
Interface de tudo,
Confusão do sentir
O som da chuva que não cessa, chegaria até mim como uma canção e ninar.

domingo, 2 de janeiro de 2011









Do caderno de anotação




eu que sei,
o mundo pesa
separa
a lua... nossa
continua
indubitavelmente sincera
luares
nos olhando