segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tem horas que tudo parece ruído de agulha no disco, impede desfrutar com perfeiçao uma obra, um sorriso, um abraço, um murmúrio, um grito, um respiro, um sussurro, uma erva daninha, uma trinca na parede ... é visto que, é tempo de continuar com outra coisa, mesmo que seja retomar aquele atlas de 1969 que tem na capa a imagem do homem na lua. O atlas que continua no fundo do guarda roupas de minha mãe, relíquia para ela? Não sei. Talvez seja sua hora romântica, ao viajar o olhar em tempos que os filhos ainda crianças passeavam os dedos pelos mapas, linhas que hoje são outras. Restam hoje miudezas sobre cômodas e criados mudos, e alguns pequenos tesouros em lugares recônditos de seus armários à espera de uma chegada................ a lua já desceu à terra mais vezes que o homem chegou até ela.

domingo, 5 de junho de 2011

Sobre a casa de meus pais, é bom saber que ainda está lá, no interior, meu caderno de anotações...meu respiratório de coisas que ainda sou................
Hoje, sinto o silêncio de suas paredes nas palavras que elas guardam, confidente inabalável de falas perdidas...
Retorno, no caminho,confirmo, sou só!