segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Quero pôr os tempos, em sua mansa ordem, conforme esperas e sofrências. Mas as lembranças desobedecem, entre a vontade de serem nada e o gosto de me roubarem do presente. Acendo a estória, me apago de mim. No fim destes, serei de novo uma sombra sem voz. Mia Couto

(...

15:57' eu,ladeada de Luiza e Yuri, em tarde de céu nublado de minha cidade. 24 de dezembro de 2007. A memória me consola.)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

e as coisas pequenas

sigo o outro
sigo a mim
reconheço minha sombra
que insiste em escapar
os dados são meus
os erros são seus
seduzo-te
na falta
para te prender
em sonho
em olhar
não te dou licença para sair
não me lembro de ter dado para entrar

Depois do E agora?

O que são as coisas, senão o valor que conferimos a elas? Num porta-retrato ausente de foto pode conter a imagem de um sorriso ou uma lágrima contida, momentos... O nada, ah o nada, é o que faz a poesia, assim como a saudade, palavras que substituem sentimentos. Com o susto nos re-visitamos... agora, triste, só me restam palavras soltas no papel.
...mas tentei plantar uma flor na pedra...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

estou à procura das significâncias, no que as palavras abrem
e não na precisão delas.
gm